domingo, 15 de outubro de 2017

Crônicas de Isabel Cristina de Freitas



Eterno renascer

        "É certo, afinal de contas, que neste mundo
nada nos torna necessários
a não ser o amor."
(Johann Goethe)











        "É urgente compreender que a alma é a mais pura manifestação Divina que o ser traz consigo."
        Nas impressões que se delineiam e se entrechocam na caminhada infantil, penso que as crianças se desabrocham por entre os espinhos de uma cruel sociedade, erguida pela insensatez do egoísmo.
        Crianças... Crianças...
        Ricas, pobres, num mundo pobre, num mundo rico, onde as fazem menos ou mais felizes, frente ao poder da ambição, da ganância, da imprudência, do desamor, da desonestidade, da deslealdade, da falta de compromisso humano e familiar, do egoísmo, do egocentrismo...
        Crianças tão puras!...
      Crianças que crescem para a vida vendo e ouvindo contradições, incoerências, desesperos e frustrações contidas, mal resolvidas, entre o caminhar de idas e vindas da vida cotidiana de cada ser.
       Crianças tão puras!...
      Feitas de candura e simplicidade, ouvem bons conselhos, instruções corretas, mas vivenciam maus comportamentos. Feitas para o bem, elas observam a maldade. Vão crescendo, observando, ouvindo, vendo e aprendendo...
        Crianças tão puras!...
       Crianças que desabrocham como flores, entre espinhos, machucadas, assustadas, se desnudam frente às desilusões reveladas pelos entes humanos que as cercam.
        No entrechoque das impressões que as torturam e as escandalizam, sentem as contradições que se deslizam e as desiludem entre o real e o irreal de suas fantasias.
        As crianças se abrem para a vida diante de lições de dores que as destroem. Sem rumo, se perdem por entre caminhos tortuosos que as desencaminham, sem poderem se apoiar naqueles que mais amam...
        Crianças tão puras!...
        Que futuro será esse que lhes esperam? Futuro preparado pela força brutal do egoísmo, pela desarmonia cruel da ambição, pelo materialismo desenfreado, pelo desequilíbrio das emoções internas.
        Crianças tão puras!...
      Revestidas pelas impressões que se entrechocam na imaginação infantil, nas impressões marcadas, nas inteligências, nos corações, na alma; machucadas, ficam com vontade de desabrochar entre as flores, vivenciar a beleza da tonalidade da natureza pura e verdadeira, onde se encontram a caminhar no eterno renascer.


* * * * *
             Autora: Isabel Cristina de Freitas
O amor é o alicerce que dá vida. Pessoa desprovida desse grandioso sentimento se desqualifica, pois equivale a um ser vigente, sem virtude, numa pequenês, deixando-o sem irradiar brilhos naturais, tornando-se desvalorizada diante da grandeza da vida.
Neste aspiral frenético, incontido, penso num trinônimo palpitante de vida: pensar, crer, amar!
O tempo é precioso compasso, nós somos a clave de sol que dá brilho à vida! Ele se faz necessário, presente em todos os momentos vigentes, recomendado em todos os tempos, em todas as idades: pensar, crer, amar!
Quanto parece fácil amar! Quanto é sumamente confortador CRER! Quanto pensar parece tão natural à criatura humana! Ainda se faz necessário considerar o trinômio: pensar, crer, amar!
Nessa geométrica ventura do existir e ser, até as paralelas se encontram no infinito, e os pensamentos como num grito, se convergem entre o sentir e o ser, que nos entorpece de luz e brilho! Globaliza a natureza interativa, através do núcleo vital. Que esplendor e fascinante os raios fátuos que há nesta fusão!...
Sentir é próprio do animal irracional e até das plantas. Porém, pensar é do homem, criatura racional. Refletir e meditar, aprover-se do assunto, conhecer profundamente, viajar dentro de seu âmago, antes de falar, para saber produzir e conduzir o seu bem viver é de suma importância e valor.
Como luz nova para os clarões do pensamento, acima da ciência, seja colocada a fé. Fé simbiótica e paciente. Mas acima de tudo Crer com aquela fé viva, ardente, singela, clara e inabalável.
Ao alcance de todos estará sempre este diadema de ouro onde cintilam estrelas imortais: pensar, crer e amar.
Amar não apenas com amores banais, sem a completa e interativa unificação do eu e você a se completar, dentro da verdadeira essência humana do nosso ego, do nosso superego, nos levando a um amor puro e transcendental.
Eu penso que há de sempre se plantar a sabedoria, entre os homens, do amor, do pensamento e da fé que nos conduz firmemente a crer, para que sempre permaneça vivo e imortal o trinômio em todas as idades, em todos os tempos. Nunca se acabem no vazio das vaidades, pois o tempo não pára... Cumpre alucinadamente seu destino, dia após dia, noite após noite, em uma sequencial rota traçada e cadenciada como se fosse um hino, num acelerado melodiar o espaço sideral... e que nunca se esgotem as forças que nos conduzam ao amor. Será ele o inspirador da verdadeira essência nítida de nossos pensamentos, nos garantindo e inspirando o traçado do verdadeiro caminho da fé que nos leva a crer e realizar, o triunfo da vida, o verdadeiro sentido de ser e viver de cada ser humano no sentindo integral, diante de: pensar, crer e amar!


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